domingo, 16 de agosto de 2020

Green book

Baseado em história real, em 1962, é um filme sobre racismo e principalmente sobre HIPOCRISIA e DIGNIDADE. É também sobre EDUCAÇÃO. Com a educação você aumenta a dignidade humana e diminui a hipocrisia.

Dr Shirley é um pianista negro já reconhecido e famoso e tem uma agenda pelo sul racista dos EUA. O pianista é bem educado, bons modos, muitas frescuras. 

Ele contrata como motorista um descendente de italiano, Tony Vallelonga, envolvido com gângsters do Bronx, vivendo com sua família (esposa e 2 filhos) cercado por parentes italianos. Eles são todos racistas. Ele é bronco e sem educação, resolve tudo na porrada.

Essa inversão que vem da história real.

Espera-se do filme alguns clichês piegas e sentimentalistas, o bem educado ensinando tudo ao homem grosso e sem modos. De fato, há isso. Mas há mais. SPOILER. O pianista é solitário, alcoólatra e homossexual (algo que não é explorado no filme). Ele descobre em Tony um amigo a quem pode ensinar e aprender. Há as tensões raciais e elas são tratadas como fatos que são difíceis de mudar, são sistêmicas.

A hipocrisia do racismo é destacada quando se destaca que os preconceitos misturam costumes e valores e misturam tudo isso com a cor da pelo ou descedência (italiana, irlandesa). Há momentos em que claramente o filme mostra comportamento negros que foram considerados racistas. Mas isso ocorre com o protagonista negro também quando discute com o motorista.

Há uma fala marcante quando se diz que o negro tem um comportamento de brancos e o branco age como negro. 

Filme de Peter Farrelly, com Viggo Mortensen



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